A prática de exercícios regulares previne o encurtamento da estrutura da célula envolvida na reprodução celular, os chamados telômeros. Este estudo é alemão e foi publicado no periódico científico "Circulation".

     Quanto mais longo for o telômero, mais eficaz ele se torna. Quanto menor, menor capacidade de divisão da célula, até que então, morre. Os telômeros são representantes da parte terminal dos cromossomos; seu papel é preservar com a maior fidelidade possível o código genético.
      "Com o passar do tempo e a divisão das células, os telômeros tendem a reduzir de tamanho perdendo o efeito protetor do código genético", diz Lancha Jr, fisiologista do laboratório de nutrição e metabolismo da escola de educação física da USP. Segundo ele, o encurtamento dos telômeros faz com que a célula perca suas características e uma das consequências seja o envelhecimento dessa estrutura.
      "O telômero mostra o grau de saúde da célula, quanto mais saudável, mais longe da morte. Essas células provavelmente vão envelhecer mais tarde", diz o fisiologista Paulo Zogaib, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

      "A importância desse achado é que, ao preservar a integridade dos telômeros, é como se estivéssemos preservando a nossa informação genética. Assim impediríamos que mudanças estruturais ocorressem, prevenindo algumas doenças como o câncer", diz Lancha Jr.

       Para os autores, tais dados melhoram o entendimento molecular dos efeitos protetores do exercício sobre doenças relacionadas ao envelhecimento! "As células têm apoptose, a morte programada, e o estudo reforça que outros fatores podem alterar essa programação, como hábitos de alimentação e atividade física", diz Zogaib.

Fonte: Folha de S. Paulo / Pequenas alterações SaudemForma