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Simples dor pode tornar-se crônica e deve ser tratada, aponta pesquisa da USP!
As dores nas costas podem ser curadas em curto prazo em 90% dos casos. Levantamento
realizado pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo
(USP) concluiu que a dor nas costas acomete 22,1% da população
paulistana.
Essa "dorzinha", geralmente pouco importante para a
maioria das pessoas, na realidade pode rapidamente se encaixar no tipo
de dor crônica, caso persista por mais de três meses. A dor crônica
atinge 28,7% dos paulistanos acima dos 18 anos e, em muitos casos, deve
ser encarada como doença.
Certos sinais, no entanto, mostram se ela se tornou
crônica. Por exemplo, se a dor se irradiar para as pernas pode estar
relacionada a doenças como lombalgia (dor na região inferior da lombar)
ou osteoartrite (destruição da cartilagem que recobre os ossos), a
última principalmente em adultos acima dos 50 anos.
- Em adultos abaixo de 50 anos, as causas mais
comuns são lombalgia postural e moléstia degenerativa de disco. Já
pacientes acima dessa idade podem apresentar também osteoartrite e
estenose do canal vertebral, explica o ortopedista do IOT-SP (Instituto
de Ortopedia e Traumatologia de São Paulo) e do Hospital Bandeirantes,
Rubens Rodrigues.
A boa notícia é que em 90% dos casos ela pode ser
curada em curto prazo. Isso porque a maioria possui origem em
atividades corriqueiras, como má postura e prática esportiva com
movimentos repetitivos.
Cirurgia só em último caso
Apesar de, em alguns casos, a cirurgia ser a única
possibilidade de tratamento, hoje já existem procedimentos menos
invasivos, com excelentes resultados e boa recuperação.
Entre
as mais utilizadas, estão a cirurgia endoscópica na coluna
(videoscopia) e a anuloplastia. "A primeira é realizada com pequenas
incisões e imagens geradas por meio de uma câmera de vídeo. O cirurgião
alcança o local afetado sem a necessidade de afastar todos os tecidos e
músculos que cercam e protegem a coluna, com a ajuda de um tubo de
apenas um centímetro de espessura", esclarece Rodrigues.
A segunda, indicada principalmente para o
tratamento da hérnia de disco contida, consiste na aplicação de energia
térmica (calor) na parede do disco que foi afetada, resultando no
encolhimento e/ou fechamento do tecido expandido, sem a necessidade de
cortes.
Ambas têm rápida recuperação e baixo risco de infecção e permitem
que o paciente retorne para a casa no mesmo dia ou, no máximo, no dia
seguinte.Fonte: R7 Saúde